O Desastre de Laranjal, ocorrido em 1º de outubro de 1938, é um dos episódios mais marcantes da história da aviação no Brasil. A tragédia envolveu um dos aviões da comitiva do interventor do estado que viajava para a cidade de Lins, interior de São Paulo. No mesmo dia, Adhemar de Barros estava em Araçatuba inaugurando o estádio da cidade que recebia seu nome.
Naquele dia, a região da cidade de Laranjal estava envolta em uma densa névoa seca, o que reduzia a visibilidade e complicava a navegação aérea. O avião sobrevoou repetidamente a cidade em busca de orientação, executando manobras que pareciam desesperadas. Após perder altitude, o avião inclinou-se bruscamente e caiu próximo à Estação Ferroviária, resultando na morte de todos os ocupantes.
As vítimas do desastre foram o Presidente da VASP, Dr. Paulo Faria; o tenente Adolpho Padilha, da Casa Militar; Cussy de Almeida Júnior, auxiliar de gabinete de Adhemar de Barros; e o engenheiro Arnaldo Alves da Motta. A tragédia causou grande consternação no estado de São Paulo e em todo o Brasil, com luto oficial e comoção pública.
Especialistas apontaram que a ausência de sinalização visível indicando a cidade de Laranjal foi um dos fatores que contribuíram para a desorientação dos tripulantes. O acidente é lembrado como um marco na história da aviação e um triste episódio que ressaltou a fragilidade das tecnologias da época diante das adversidades climáticas.
O Desastre de Laranjal permanece na memória como um episódio de grande perda e uma reflexão sobre os desafios enfrentados pela aviação nos anos 1930.


