O Trágico Desastre de Laranjal Paulista

por | 17/01/2023 | MEMÓRIAS | 0 Comentários

Introdução

O Desastre de , ocorrido em 1º de outubro de 1938, é um dos episódios mais marcantes da história da aviação brasileira. A tragédia envolveu um avião Fairchild F24 da comitiva do interventor do , , que seguia para a cidade de . No mesmo dia, Adhemar estava em , inaugurando o , conhecido como , que recebeu seu nome desde a abertura.

O Acidente

Na manhã do desastre, a região de estava coberta por uma densa névoa seca, dificultando a visibilidade e a navegação aérea. O avião realizou manobras arriscadas e rasantes, tentando identificar a cidade, inclusive sobrevoando a antiga Estação da Rede Ferroviária Federal, local que hoje corresponde à Praça Armando Salles de Oliveira, próximo à .

Segundo relatos da época, o piloto buscava um local de pouso, circulando entre Laranjal e a cidade vizinha de . Por volta das 10h10, após uma manobra fechada, a aeronave perdeu velocidade, inclinou-se bruscamente e despencou de aproximadamente 200 metros, caindo sobre uma casa vazia e incendiando-se. A queda ocorreu próxima à Serra de Pirambóia, região que hoje corresponde à vicinal Giovani Costa. A população local, que percebeu a presença da aeronave por cerca de 10 minutos, correu ao local do acidente por volta das 10h20, testemunhando a tragédia.

As Vítimas

O desastre vitimou quatro integrantes da comitiva:

A morte de teve grande repercussão em , sendo posteriormente homenageado com o nome de uma importante rua da cidade.

Contexto Histórico

O desastre aconteceu enquanto inaugurava o Estádio Municipal de , que desde a sua inauguração já recebeu o nome , destacando-se como um dos principais estádios do interior paulista. O acompanhou Adhemar na cerimônia, que coincidiu tragicamente com o acidente aéreo em .

Especialistas da época apontaram que a falta de sinalização visível para os pilotos foi um fator determinante para a desorientação e o acidente. A tragédia demonstrou os desafios da aviação nos anos 1930, quando condições climáticas adversas e limitações tecnológicas tornavam voos mais arriscados.

Legado

O Desastre de permanece como um marco histórico da aviação brasileira, lembrado pela grande comoção que provocou e pelo impacto na memória das cidades afetadas. Ele evidenciou a necessidade de melhorias na infraestrutura aérea e na sinalização de municípios, influenciando políticas e procedimentos de segurança em voos civis nas décadas seguintes.

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