O Pontilhão de madeira da Fundador Vicente Franco

por | 27/08/2025 | EDIFICAÇÕES | 0 Comentários

O antigo que ficava onde hoje passa a Avenida dos Araçás, próximo à rua , é lembrado com muito carinho por gerações de araçatubenses. Mais do que uma simples travessia sobre a , ele foi palco de histórias, encontros, brincadeiras e até medos que marcaram a vida da comunidade. Ele fazia a ligação da rua Prudente de Morais à rua somente para pedestres e ciclistas.

Um marco na paisagem da cidade

Construído por volta de 1948, o pontilhão ligava bairros, encurtava caminhos e facilitava o acesso à e às casas além da linha. Do alto, era possível avistar parte do e até os telhados de comércios conhecidos, como o dos irmãos Sedelask. No prédio da esquina funcionou uma das primeiras Marcenaria de , que pertenceu ao Sr , e ao lado funcionou Vidraçaria dos Irmãos .

Memórias da Comunidade

Muitos moradores guardam lembranças inesquecíveis do pontilhão:

  • “Meus avós, Eliaquim e Dona Sula, moravam bem em frente. Eu e meus irmãos subíamos e descíamos o pontilhão até o dia em que contaram que pai e filho brigaram lá em cima após beberem. Nunca soube se era verdade ou invenção da vizinha para nos assustar.”
  • “Lembro bem da e também da , a poucos metros dali. Eu atravessava o pontilhão todos os dias para levar o almoço do meu pai.”
  • “A tinha a mercearia na . Comprávamos fiado por mês, com o Sr. Osvaldo e Dona Nazaré.”
  • “Ficava horas sentado vendo os trens manobrarem. Aquilo me encantava. Mal sabia eu que um dia seria maquinista e faria manobras ali mesmo.”
  • “Logo abaixo havia a mercearia da família Terra. O morava por perto. Brinquei muito com seus filhos, Silvio, Solange e Sandra. A marcenaria do Sr. também ficava ali.”
  • “Minha infância foi atravessar o pontilhão para estudar no Luiz Gama. Brincava subindo e descendo, escorregando pelo corrimão e levando chineladas por isso. Até um tombo de rolar escada abaixo eu levei.”
  • “Nos anos 1970, bem embaixo dele, começava a feira livre. Era um ponto de encontro do bairro.”
  • “Sempre tive medo de passar, porque as tábuas já estavam soltas. Eu só atravessava segurando a mão do meu avô .”

Um lugar de saudades

O pontilhão também é lembrado pelos pequenos detalhes do entorno: a pensão Coloca na esquina da Prudente de Moraes, a feira, os comércios do , as soltando fumaça e até os encontros de vizinhos no dia a dia.

Para muitos, ele não era apenas uma ponte: era cenário de infância, da juventude e de momentos simples que hoje se transformaram em memórias preciosas.

“Esta foto é uma raridade. Conheci o pontilhão, mas nunca tinha visto uma imagem que mostrasse tão bem esse pedaço da história de .”

O pontilhão já não existe, mas permanece vivo na lembrança de quem atravessou suas escadas de madeira, observou os trens ao longe e fez dali parte de sua vida.

📷 A foto histórica do na , em , é um verdadeiro tesouro para a memória da cidade.

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